sábado, 23 de fevereiro de 2008

O futuro da pesca mundial em perigo segundo um recente relatório da O.N.U.




Um preocupante relatório da ONU sobre o futuro da pesca mundial alerta para os perigos futuros desta actividade.


Existe uma sobreexploração dos recursos piscícolas que acompanhada pelas mudanças climáticas e pela poluição dos mares e oceanos trazem consequências graves para a fauna marinha o que se reflectirá a curto prazo na questão da alimentação de milhares de pessoas a nível mundial, sobretudo para as populações costeiras cuja sobrevivência depende fortemente das proteinas provenientes dos oceanos.


De facto, a sobrepesca tornou-se uma ameaça porque há cada vez mais barcos com tecnologia cada vez mais sufisticada e por outro lado verifica-se a diminuição das espécies e a quantidade de peixe. A sobreexploração e a delapidação dos mares tornou-se uma prática corrente quase generalizada à escala mundial. Todavia, quatro países destinguem-se pela sua frota e pela extensão da sua Z.E.E. ( Zona Económica Exclusiva): a Coreia do Sul, a Espanha, o Japão e a Rússia.


Além destes factos, há a considerar os métodos e as tecnologias, nomeadamente as redes de grande profundidade usadas entre os 400 e os 2000 metros de profundidade e por isso muito destruidoras. Os investigadores preocupam-se com os impactos sobre os fundos marítimos de águas frias e os resultados são evidentes: destruição total da fauna, da flora e dos recifes por onde passam os arrastões. Nestes recifes podem-se encontrar mais de 800 especíes que vivem em condições extremas sendo a sua reprodução lenta, difícil e por conseguinte vulnerável. Apesar dos esforços crescentes para a imposição de regras no sentido de por ordem nesta actividade em determinadas regiões, a pesca a nível mundial continua em determinadas áreas a não ter qualquer tipo de controle. Esta pilagem anárquica dos recursos inquieta os investigadores tanto mais que as mudanças climáticas e a poluição amplificam a destruição dos stoques de pesca.